No Brasil, os sítios históricos são nomeados desta forma por terem sua datação dentro do período histórico, ou melhor, são sítios que possuem evidências do período histórico após o contato com os colonizadores. Entretanto, devemos compreender um aspecto ao caracterizarmos essa categoria de sítio: a divisão Pré-história x História não se enquadra aqui, uma vez que essa nomenclatura foi cunhada num contexto europeu, no qual a invenção da escrita (estimada por volta de 4000 a.C) divide a linha temporal.

No Brasil é diferente. Os sítios são divididos entre pré-coloniais e históricos, sendo o contato com o colonizador o divisor da linha temporal. Dessa maneira, os sítios que apresentem evidências do período histórico após o contato com o colonizador são considerados sítios arqueológicos históricos.  Esses podem ser divididos em cinco tipos principais: domésticos, religiosos, militares, comerciais/produtivos e lixeiras. Essas são categorias gerais, pois o pesquisador pode escolher caracterizar inúmeros outros tipos de sítios históricos, como paisagens e caminhos.

Assim, como exemplos de sítios militares temos: Fortificações, Quartéis, Cadeias, Casas de Materiais Bélicos, entre outros. Já os sítios religiosos caracterizam-se principalmente por Igrejas, Cemitérios e Templos. Sítios comerciais/produtivos referem-se a sítios que exerciam alguma atividade produtiva ou comercial como Armações Baleeiras, Alfândegas, Engenhos, Atafonas (moinhos movidos manualmente, a força animal ou a água), Fábricas, Indústrias, Lojas, entre outros. Os sítios domésticos, como o próprio nome diz, dizem respeito a habitações, como sobrados, casas térreas, cortiços, entre outros. As lixeiras são autoexplicativas, isto é, locais de descarte de rejeitos.

Quer saber mais sobre os sítios Históricos já registrados em Floripa? Na lista abaixo você pode conferir uma descrição de cada sítio. Informações sobre a localização, pesquisas, materiais encontrados, entre outras, podem ser verificadas no Mapa Interativo dos Sítios em Floripa.

“Esta edificação, além de abrigar sete celas da cadeia no térreo, ainda abrigava a casa do carcereiro (com cozinha) e a casa de câmara no andar superior, para os políticos locais realizarem suas reuniões (REIS, 2008, 26-27). Localizava-se (como ainda hoje localiza-se) no centro da vila, próximo a igreja matriz e em frente à praça principal da Vila de Desterro, onde também estava o Palácio do Governo. Quase em frente à Casa de Câmara e Cadeia achava-se o pelourinho da Vila, instituído por Lanhas Peixoto em 1726 (REIS, 2008, p. 12 em SALVADOR, 2017, p. 167).
 A construção do edifício iniciou-se no ano de 1771 no governo de Francisco de Souza de Menezes e tinha como projetista principal Thomaz Francisco da Costa. A conclusão da obra deu-se em 1780, quando o governador da capitania era Francisco de Barros Morais Araújo Teixeira Omem. De acordo com Reis (2008, p.12), a construção da Casa contou com a mão de obra escrava e foi erguida utilizando-se óleo de baleia para dar maior solidez as paredes (CABRAL, 1979, p.63).
 “Com seu término passou a receber os vereadores da capital, na Vila de Desterro, bem como os presos, que ficam alocados no térreo da casa. Cabral (1979) comenta que foram presos ali “loucos, os escravos mal comportados ou em depósito judicial, e os paus d’água da vila”. Ainda afirma, assim como Reis (2008), que os presos ficavam em condições terríveis, sem higiene alguma, com água lodosa para beber e sem um despejo adequado para as enxovias” (SALVADOR, 2016, p. 168).
 Esta edificação ainda abrigou a Assembléia Provincial no século XIX, bem como também serviu para acolher desabrigados e como Tribunal do Júri. Certas solenidades, como: posse de presidentes da província e comemorações solenes do aniversário de D. Pedro II, eram sediadas ali também (REIS, 2008).
 O imóvel sofreu diversas reformas, tanto para melhoria das instalações prisionais entre 1860 e 1876, quanto para alterações arquitetônicas no final do século XIX. Nessa última, ganhou características semelhantes às do Palácio Cruz e Sousa, além da retirada de elementos que remetiam a sua função de cadeia (REIS, 2008).
 Até 2005 o edifício foi utilizado como Câmara dos Vereadores e já estava muito depredado pelo uso de instalações eletrônicas que não eram adequadas a estrutura do prédio (ar condicionado, por exemplo). Eventualmente era ainda utilizada para festas sazonais de Natal, como Casa do Papai Noel.
 Em 2010, as pesquisas arqueológicas na casa começaram. Distintas etapas de intervenções ocorreram. A primeira foi realizada por Madalena Velho do Amaral, arqueóloga responsável pelo trabalho arqueológico realizado no ano de 2010. Este foi necessário para mitigar os danos causados pelo restauro arquitetônico, que começou sem o trabalho arqueológico preventivo.
 Em 2011, O Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF) contratou a equipe do GRUPEP/UNISUL e Sapienza Arqueologia para realizar outro procedimento arqueológico na edificação, desta vez para identificar possíveis vestígios arqueológicos em superfície e sub-superfície, ultrapassando em profundidade o trabalho realizado por Amaral.
 Em 2015, O IPUF ainda contratou o arqueólogo Osvaldo Paulino da Silva para mais um trabalho na Casa de Câmara e Cadeia, tendo terminado oficialmente em janeiro de 2016.
 Já que o material que analisamos provém principalmente da terceira etapa, focaremos nossas atenções sobretudo nos procedimentos realizados nesta etapa.
 Esta casa juntamente com Palácio Cruz e Sousa e a Igreja de Nossa Senhora do Desterro formavam os principais edifícios no Largo do Palácio no século XVIII (SOARES, 2011, p.37). Hoje a Casa de Câmara e Cadeia é um dos imóveis que compõe o Conjunto nº I de bens tombados do Centro Histórico de Florianópolis (BUENO et al.., 2015).

Cemitério antigo pertencente a Irmandade Nosso Senhor Jesus dos Passos está localizado nas terras do Imperial Hospital de Caridade no centro de Florianópolis. Esta irmandade foi instituída em Nossa Senhora de Desterro no ano de 1765. Em 1768 esta irmandade resolveu transferir-se de seu consistório existente na igreja matriz (Capela Nossa Senhora das Dores) para a Capela Menino Deus, fundada em 1762 (VARZEA, 1985, p. 54). Em 1789 a irmandade funda o Hospital de Caridade para atender os pobres enfermos e indigentes. Ao que tudo indica o cemitério aqui enfocado foi construído neste mesmo período e desativado em 1852 (BUENO et al, 2015). O trabalho arqueológico foi realizado em 2005, a pedido da Provedoria da Irmandade Senhor Jesus dos Passos, pela arqueóloga Fabiana Comerlato. Foram realizados registro fotográfico e levantamento das estruturas funerárias remanescentes (SALVADOR, 2017, p.345). Não houve coleta de material. Segundo essa arqueóloga este cemitério está em área tombada como patrimônio natural. É preservado pelo decreto Municipal nº 270/86 e pelo Decreto Municipal 521/89 (BUENO et al, 2015).

Este sítio foi escavado por João Alfredo Rohr em duas etapas: uma em 1969, com a participação de Margarida Andreatta (Rohr e Andreatta 1969), e outra em 1974 (Rohr 1974). Com uma área total estimada em 2000m², o sítio teve 269m² escavados – 85m² na primeira etapa e 184m² na segunda, com 10m de distância entre as duas áreas – sendo atingidos 2m de profundidade. O material proveniente dessas intervenções hoje se encontra no Museu do Homem do Sambaqui “Pe. João Alfredo Rohr, S.J.”, no Colégio Catarinense (Florianópolis/SC), incluindo a coleção esquelética referente aos 86 sepultamentos escavados. Consiste em um sítio com pelo menos duas ocupações: uma pré-colonial, identificada por meio da presença de vestígios líticos, artefatos feitos em osso, restos faunísticos (vértebras de peixes e conchas) e sepultamentos humanos, datado entre 2900 ± 30 e 1430 ± 30 anos AP; e outra histórica que remete às ruínas de edificações cujas atividades estavam relacionadas a uma armação de caça a baleia, construída no século XVIII.

O sítio se caracteriza como “Residência coberta com telhas de barro tipo capa canal e provável estrutura de pau-apique. Ausência de vestígios estruturais e presença de cultura material como louça de barro, louça ordinária e vidro.” (Soares, 2012)

Localizado nas margens da Lagoa do Peri, dentro do Parque Municipal de mesmo nome este caminho ainda hoje pode ser visitado por turistas em Florianópolis. Este foi categorizado como comercial-produtivo visto que era utilizado para apoiar a atividade dos engenhos localizados ao redor da Lagoa do Peri (SOARES, 2011, p.37). De acordo com Bueno et al (2015) acredita-se ser um antigo caminho que foi aberto e pavimentado por escravos no século XIX, sendo possível ver em alguns trechos o calçamento. O caminho inicia-se na sede do Parque Municipal da Lagoa do Peri e se estende até o Rio Cachoeira, margeando a lagoa com o comprimento aproximado de 1,5km². A equipe do LEIA/UFSC percorreu dois trechos do Caminho da Gurita: o primeiro, aberto para visitação, é de fácil acesso e com calçamento bastante visível; o outro está em mata fechada e a partir do Engenho do Vitorino em sentido sudoeste, vê-se as margens do caminho bem demarcadas com muros de pedras e eventual existência de calçamento. Nenhuma intervenção ou escavação arqueológica foi realizada sobre este caminho.

 

Sítio histórico caracterizado pela edificação que abriga a Igreja Matriz de Florianópolis. É um dos imóveis que compõe o Conjunto nº I de bens tombados do Centro Histórico de Florianópolis. A primeira igreja foi construída após 1651 por Dias Velho. O brigadeiro Silva Paes projetou a atual construção por volta de 1751, sua construção se deu entre 1753 e 1773. A planta baixa compreendia uma nave, um batistério, dois púlpitos, dois altares colaterais, arco cruzeiro, altar-mor e, atrás do mesmo, as tribunas. Dos lados e ao fundo, ficava o cemitério, que só entrou em extinção depois de 1840, com a fundação de um novo. A igreja Matriz sofreu diversas alterações. Desde pequenas reformas, como troca de forro, retelhamento, reformas no assoalho, até a supressão do Império do Divino, alterações na volumetria das suas sacristias e a ampliação de sua nave principal. A maior reforma foi em 1922, quando suas paredes laterais foram aumentadas, alteradas suas torres e construído um alpendre neoclássico em sua portada. Por fim, o alargamento da rua Arcipreste Paiva, no segundo quartel do século XX, mutilou uma parte da capela lateral. Uma restauração ampla e criteriosa ocorreu entre 2005 e 2008. (Veiga, 1993) Osvaldo Paulino da Silva realizou escavações no ano de 2010. Foram identificadas diversas sepulturas, com datas próximas á 1792. (Soares, 2011).

Responsável pelo controle alfandegário do Estado e localizada no Largo da Alfândega foi construída a pedido do Governo Imperial nas marinhas entre as ruas do Livramento (Trajano) e do Ouvidor (Deodoro), local então denominado Largo do Príncipe. Inaugurado em 1876, mas sendo efetivamente ocupado apenas em 1877. (Veiga, 1993) Deixou de ter a função de alfândega com a desativação do porto em 1964. Abrigou a primeira sede do Museu Histórico de Santa Catarina e em 1975 foi tombado como patrimônio nacional, estando inscrito no processo nº 0914-T-74, no Livro Belas Artes nº inscrição 522, volume 1, folha 095, data 10/03/1975 e no Livro Histórico Nº inscrição 454, volume 1, folha 075, data 10/03/1975. Durante muitos anos foi sede do Instituto Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e atualmente abriga uma Galeria de Artesanato da Casa da Alfândega e a Associação Catarinense de artistas plásticos. A mantenedora do espaço é a Fundação Catarinense de Cultura.

Sitio composto por vestígios arquitetônicos de uma residência, situada junto a trilha existente na margem norte da Lagoa. Os vestígios encontram-se junto a superfície do terreno, com alguns restos de alicerces ainda evidentes. (Soares 2012)

Localizada na Praça XV do centro de Florianópolis, próximo do Largo da Matriz, fazia parte do núcleo principal da Vila no século XVIII. Inúmeras casas foram construídas ao redor da Matriz, sendo tanto casas assobradadas, quanto casas térreas (CABRAL, 1979, p.30). Incialmente as casas térreas eram mais comuns na vila, mas com o crescimento econômico e devido a proeminência de algumas pessoas que viviam no centro da vila, muitas destas casas foram assobradadas. De acordo com Comerlato (1999) o sítio arqueológico em questão caracteriza-se como uma destas casas construídas ao redor da praça da matriz. Comerlato (1999) ainda afirma que seu estilo construtivo indica construção no primeiro quartel do século XIX. Em consequência de sua importância histórica, os sobrados em torno da Praça XV de Novembro são tombados como patrimônio municipal, tanto pelo Decreto nº 22 de 19 de fevereiro de 1980, quanto pelo Decreto nº 270/86, que identifica este como Conjunto n º 1 dentro dos conjuntos municipais.

Sítio histórico caracterizado por estruturas remanescentes de uma residência e um engenho situados em terreno junto à praia do Seu Norberto, localidade de Caieira da Barra do Sul. Da residência restam paredes de pedras argamassadas e do engenho apenas alicerces. As evidências estão distribuídas em um terreno com relevo acidentado, ocupando diferentes níveis, ficando a antiga casa na cota mais alta.

Sítio arqueológico caracterizado por um sobrado construido em 1832 pelo pai do famoso pintor Vitor Meirelles para servir como comércio da família Meirelles de Lima. As pesquisas arqueológicas neste sítio foram realizadas pela arqueóloga Fabiana Comerlato no ano de 2001. De caráter emergencial, devido a restauração do sobrado, a escavação durou 15 dias e revelou características muito interessantes, não somente relativas ao sobrado do século XIX.
De acordo com Comerlato (2001), as estruturas e materiais encontrados no solo do sobrado indicam a presença e funcionamento de um antigo açougue clandestino no local, anterior à construção do sobrado. Foi encontrado não somente grande número de material ósseo com marcas evidentes de corte, em local de descarte de material, como também evidências de uma antiga estrutura de alvenaria de pedras. Além disto, foram coletados ainda fragmentos de cerâmica, louça, vidros e metal (SALVADOR, 2017).
Após sua utilização como unidade residencial e comercial a Casa Natal de Victor Meirelles passa a ter fins culturais (COMERLATO, 2001, p. 3).

Trata-se de um sítio histórico caracterizado Antiga edificação encontrada pela equipe do Projeto Florianópolis Arqueológica no Caminho da Gurita, na margem da Lagoa do Peri. Caracteriza-se por remanescentes do que parece ser uma casa e seu anexo, construídos através da sobreposição de rochas e um muro, localizado a noroeste, também construído com rochas. As estruturas diagnosticadas ocupam uma área de aproximadamente 260 m².Não houve intervenção arqueológica no sítio arqueológico, nem coleta de material.

Sítio histórico caracterizado por uma casa e engenho encontrado na localidade da Costeira do Ribeirão ao sul da ilha de Santa Catarina. A casa e o seu entorno estão protegidos pela Lei 2.193 de 1985 como Área de Interesse Histórico e o engenho de farinha de mandioca e café foi registrado pelo arqueólogo Osvaldo Silva como sítio arqueológico em 1996. Este registrou somente o engenho, nomeando-o de Engenho da Casa Grande. Entretanto, Bueno e colaboradores (2015) creem que este faz parte de um conjunto que compõe a Casa Rural Costeira do Ribeirão, uma estrutura de fazenda de café da segunda metade do século XVIII.

O Casarão foi construído em 1860 e contava com um engenho. Em 1920, Agenor Andrade o comprou e passou a residir e trabalhar com a família. A edificação foi construída em 1860 e contava com um engenho. Em 1920, Agenor Andrade comprou o “Casarão” e passou a residir e trabalhar nele com a sua família, conferindo à edificação o nome pelo qual é hoje conhecida.
O “Casarão” é composto por engenho de farinha e casa residencial de característica colonial. A casa residencial é constituída de sala e quatro quartos de tamanhos variados, corredor central, cozinha aos fundos (com parede que separa a casa do engenho: anteriormente, porém, a ligação da cozinha com o engenho era aberta). Em 1920 a casa recebeu divisões internas, e em 1971 outras alterações foram feitas a fim de dar sustentação às paredes laterais. O “Casarão” foi restaurado em 2003.

Sítio cadastrado por Bueno e colaboradores (2015) e localizado na comunidade do Pântano do Sul, na planície norte das dunas. Possui uma área de 8056,6051m². Segundo informações orais apresentadas por Bueno et al (2015), parte dos sepultamentos foram removidos e por diversas vezes foram descobertos caixões anos após o abandono do cemitério. Ademais, o cemitério possuía uma área de 60x40m (BUENO et al, 2015). Não houve intervenção arqueológica neste sítio.

Sítio histórico religioso composto por um conjunto de edificações, entre elas: rampa de pedra, o largo, o cruzeiro, a Igreja, o Teatro do Divino, a antigo cemitério, o casario com características arquitetônicas coloniais, a chácara do divino e a casa do vigário. A igreja foi concluída em 1780.

Sítio histórico caracterizado por estruturas remanescentes de um antigo engenho de açúcar e cachaça na trilha que dá acesso à praia de Naufragados. O local está abandonado desde o início da década de 1960. Restam alicerces, muro de arrimo e pilares de alvenaria de pedras argamassadas, distribuídos em dois níveis do terreno e circulados por um riacho. Parte do sítio está sob a trilha de acesso a praia, algumas estruturas estão cobertas por vegetação.

Segundo levantamento feito pela pesquisadora Fernanda Codevilla Soares (2011) o local é “Sítio composto por vestígios arquitetônicos de um engenho de farinha de mandioca e cana de açúcar, movido á roda d’água. Na sua construção foram utilizadas pedras talhadas simetricamente e tijolos maciços. Trata-se de um engenho recente.”

Segundo Osvaldo Paulino da Silva (1996), que pesquisou sobre engenhos na década de 1990, o sítio “encontra-se coberto pela vegetação rasteira, que deixa transparecer várias peças do madeiramento utilizado na cobertura do engenho e dos esteios de sustentação do maquinário. Há ainda, espalhadas no entorno e na superfície do sítio, muitas telhas de barro tipo capa e canal, provenientes do desmoronamento do engenho. Dos pilares, apenas um, de alvenaria de tijolos argamassados e rebocado, está intacto. Os outros encontram-se caídos ou destruídos. Os vestígios dos alicerces são de alvenaria de pedras argamassadas, porém sem reboco.”

Segundo levantamento feito pela pesquisadora Fernanda Codevilla Soares (2011) o local é “Sítio composto por vestígios arquitetônicos de um engenho de farinha de mandioca, situado nas imediações da Pedra Branca, Margem oeste da Lagoa. Os vestígios encontram-se evidentes, principalmente o muro de arrimo utilizado para construir o engenho.”

Sítio histórico caracterizado por estruturas remanescentes de um antigo engenho de farinha de mandioca e de açúcar na trilha que dá acesso à praia de Naufragados. Restam alicerces, muros de arrimo, fornos e pilares de alvenaria de pedras argamassadas. Parte do sítio está sob a trilha de acesso a praia, algumas estruturas estão cobertas por vegetação.

Segundo o levantamento feito pela pesquisadora Fernanda Codevilla Soares (2011) o local é um “Sítio composto por vestígios arquitetônicos de um engenho de farinha de mandioca e de cana de açúcar, junto á trilha existente na margem norte da Lagoa.”

Sítio histórico caracterizado pelas estruturas remanescentes de um antigo engenho de açúcar situado no Morro dos Ingleses. Da construção em pedras argamassadas restam vestígios das paredes externas e uma estrutura interna que poderia ser um forno, comum em muitos engenhos. O antigo caminho que dava acesso ao engenho e às roças que eram cultivadas neste morro é atualmente utilizado como trilha. A trilha forma uma bifurcação na frente do sítio evitando, em parte, que as estruturas sejam prejudicadas pela circulação de pessoas em seu interior. Junto ao engenho há um pequeno riacho que mantém toda a área no entorno úmida.

Trata-se de um antigo engenho de farinha, localizado próximo a margem leste da Lagoa do Peri, onde atualmente existe o Projeto Lontras. Parte da estrutura em madeira está preservada e incorporada a arquitetura do ambiente.

Segundo levantamento feito pela pesquisadora Fernanda Codevilla Soares (2011) o local é um “Sítio composto por vestígios arquitetônicos de um engenho de farinha de mandioca e de cana de açúcar, parcialmente intacto. Parte do engenho foi incendiada recentemente provocando a destruição de seu maquinário de produção de açúcar.”

Segundo levantamento feito pela pesquisadora Fernanda Codevilla Soares (2011) o “Sítio composto por vestígios arquitetônicos de um engenho de farinha de mandioca e de cana de açúcar. Possui 3 terraplenos de ocupação e uma estrutura de alicerces retangular associada. “

Trata-se de vestígios da edificação de um antigo engenho de farinha e cana-de-açúcar onde podem ser evidenciadas paredes construídas através da sobreposição de rochas de diferentes tamanhos e tijolos, utilizando-se cal e areia enquanto argamassa, bem como o local destinado à instalação da roda d´agua. Possivelmente o engenho foi instalado em área em que havia uma construção mais antiga, situação evidenciada pela técnica construtiva utilizada em paredes construídas com pedras talhadas. Moradores dos arredores suspeitam que a edificação também pode ter sido uma senzala antes de abrigar o engenho. Também faz parte deste sítio a antiga Casa do Vitorino, localizada cerca de 50m ao sul do engenho, sendo que eles são interligados por um caminho que apresenta, em alguns trechos, calçamento em pedras. Situa-se no Parque Municipal da Lagoa do Peri.

 

Sítio histórico caracterizado por um antigo engenho de farinha situado a 70 m (sentido leste) e 100 m (sentido norte) do canal que retifica o rio Papaquara, próximo à área úmida mais baixa, localidade de Vargem do Bom Jesus. Na ocasião de nossa visita, o sítio havia sido recentemente escavado pela equipe do Grupep (Unisul), como requisito para o licenciamento ambiental de um empreendimento. A escavação evidenciou os alicerces de pedra do engenho e algumas estruturas internas. A Sra. Odete Infância da Costa Félix, 71 anos nos informou que o engenho era de farinha e de propriedade do Sr. Manoel Moura. Sua madrinha tomava conta do engenho que, posteriormente foi vendido para Eda Medeiros. O sítio está em área não utilizada, a céu aberto e o material arqueológico aparece em superfície e profundidade. Como fatores de destruição podem ser citados erosão eólica e pluvial, derrubada e queima de árvores de grande porte sobre os perfis expostos do sítio.

Na época do projeto, em 2014, não conseguimos contato com o proprietário do terreno para visitar o local. Segundo vizinhos a estrutura do engenho foi preservada pelos atuais moradores e anexado a uma residencia atual.

Trata-se dos vestígios de um antigo engenho de farinha, onde foram evidenciadas as fundações construídas através da sobreposição de blocos de rochas, um forno e outros remanescentes da construção cujas funções não foram identificadas. Também foram identificadas partes de um esteio e de uma prensa, peças que compunham o engenho. Situa-se no Parque Municipal da Lagoa do Peri.

Trata-se de um antigo engenho existente próximo a margem leste da Lagoa do Peri, em área privada (Associação do Clube dos 30) que pode ser acessada pela Servidão Euclides João Alves que parte da SC-406.

Sítio histórico caracterizado por edificação que abrigou a Fábrica de Pontas. É um dos imóveis que compõe o Conjunto nº X de bens tombados, bairro Centro. Foi construída pelo empresário Carl Hoepcke, sendo inaugurada em 1896. Teve grande importância junto aos outros empreendimentos de Hoepcke, que entre os fins do século XIX e início do XX ampliou as atividades industriais e portuárias na Ilha de Santa Catarina. (Veiga, 1993) A construção de um pavimento é uma das edificações que compõe o Conjunto nº 10 – Rita Maria, porém é o único dos imóveis do conjunto registrado como sítio arqueológico. Estava localizada junto ao antigo Porto e era ligado ao mesmo por um trilho de ferro. Na rua ao lado da fábrica (atual rua Hoepcke) havia uma vila habitada principalmente por trabalhadores das fábricas do entorno (fábricas de gelo, bordado e estaleiro, todos do mesmo grupo empresarial) (Piazza, 1981) Sofreu reformas ao longo do século XX, com acréscimos nos fundos da construção e uma chaminé já na década de 1940. Com o declínio da exportação, após a 2ª Guerra Mundial, a fábrica veio a ser desativa. O prédio então teve diferentes funcionalidades e atualmente abriga uma casa de show.

Sítio histórico caracterizado por um conjunto de remanescentes da antiga Fazenda da Tapera. Na fazenda havia engenho de açúcar e alambique, engenho de farinha de mandioca, atafona de milho, chumbador de café, casa grande, senzala, igreja e cemitério. Segundo o informante Sr. Isaías Correa, com a demolição da igreja, uma casa foi construída em seu lugar, utilizando uma das paredes de quase 1m de espessura da antiga igreja. Outras edificações foram sendo construídas em períodos mais recentes sendo um estaleiro, uma olaria e um açude, os dois últimos associados.

O sítio sofreu intervenções arqueológicas coordenadas por Maria Madalena Velho do Amaral (2001) tendo em vista as obras de restauração que seriam realizadas. Conforme informações disponíveis no site fortalezas multimidia, apesar dos reparos que esta Fortaleza sofreu em 1780 e 1850, encontrava-se bastante arruinada no final do século XIX, conforme relatório de 1899. O sítio foi tombado como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1980, recebeu escoramentos e consolidações emergenciais em 1991 e encontra-se atualmente aguardando recursos para sua restauração. É tombado a nível federal no processo nº 0943-T-76, no Livro Histórico nº 470, volume 1, folha 080, data 08/04/1980 e no Livro Arqueológicos/Etnológico/Paisagístico, inscrição nº 077, volume 1, folha 020 , data 08/04/1980.

Fortificação localizada no norte da ilha de Florianópolis, começou a ser construída em 1740 no governo de Silva Paes. Compõe a fortificação três terraplenos onde estão localizados Casa do Comandante, Capela, Armazém de Pólvora, Quartéis da Tropa, Casa da Palamenta, Cozinha, Comuas, Prisões e Rampas. Juntamente com o Forte de Santo Antônio de Ratones e Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim, em Governador Celso Ramos (SC), formam o triângulo defensivo pensado por Silva Paes para defender a entrada norte da Ilha de Santa Catarina. É interessante destacar que quando da tomada da ilha de Santa Catarina pelos espanhóis em 1777, esta foi a primeira fortificação a ser conquistada (SALVADOR, 2017, p.330)
Em meados do século XIX o forte já se encontrava em ruinas e desmilitarizado. Em 1878 algumas de suas ruinas foram usadas para reformar a Fortaleza de Ratones e seu lazareto. Alguns anos depois, estas ruinas passam a ser pilhadas por moradores que utilizavam as rochas e tijolos na construção de suas casas (JANUÁRIO, 2013. p.43). Fossari (1987/1988. p.39) também demonstra esta invasão na fortificação afirmando que esta foi ocupada por famílias de pescadores e pequenos agricultores da região e que na década de 1970 algumas casas estavam erguidas dentro da fortaleza.
Os trabalhos arqueológicos no Forte de Ponta Grossa iniciaram em 1987 com uma equipe da UFSC, coordenada pela arqueóloga Teresa Domitila Fossari. O trabalho desenvolvido sistematicamente, abarcando todos os terraplenos da fortificação, resultou em uma publicação no Anais do Museu de Antropologia da UFSC (1987/1988) onde são apresentados os resultados do trabalho, bem como a metodologia adotada. Parte do material coletado em campo encontra-se exposto na Casa do Comandante do próprio Forte; outra parte, encontra-se salvaguardada no Museu de Arqueologia e Etnologia da UFSC (MARQUE-UFSC).
Este sítio arqueológico foi tombado em 1938 como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e após seu restauro em 1992, passou a ser gerenciado pela UFSC. Faz parte da rota de visitações turísticas as Fortalezas da Ilha de Santa Catarina e recebe uma série de visitantes durante todo o ano, especialmente durante o verão. Tombado a nível federal no processo nº 0155-T-38 e nº 0101-T-38, no Livro Belas Artes, inscrição nº 095, volume 1, folha 017, data 24/05/1938 e Livro Histórico nº inscrição 055, volume 1, folha 011, data 24/05/1938.

Consiste em uma fortificação, provavelmente erigida entre 1775 e 1777, na porção continental de Florianópolis, abaixo da cabeceira da Ponte Hercílio Luz. De acordo com Tonera, do website Fortificações no Mundo, esse forte está desaparecido e seria um precursor do Forte de São João, construído quase na mesma localidade.

Fortificação erigida em 1795 no local onde havia outra (Forte da Ponta do Estreito), visando guarnecer o canal mais estreito entre a Ilha e o continente. Atualmente a estrutura é utilizada pelo Exército Brasileiro.

Fortificação localizada no estreito entra a ilha e o continente, mais especificamente na Beira Mar norte da Ilha de Santa Catarina. Mais próxima da parte central da ilha, foi construído entre os anos de 1761 e 1765 com o intuito de proteger a vila de Nossa Senhora do Desterro. Idealizado pelo engenheiro militar José Custódio de Sá e Faria faziam parte deste conjunto: Quartel da Tropa, Armazém, Casa da Pólvora, Quartel do Comandante e a cozinha. Reparos e novas adjacências do forte foram feitos durante todo século XIX (SALVADOR, 2017, p. 331). Januário (2013. p.44) aponta 1867, 1869, 1877 e 1885 como anos em que ocorreram reformas na estrutura e novas pinturas na fortificação. Em 1938, assim como as outras fortificações até aqui apontadas, o Forte Santana foi tombado como patrimônio federal, sob processo nº 0155-T-38 e nº 101-T-38, no Livro Belas Artes, com número de inscrição 097, volume 1, folha 018, data 24/05/1938. Livro Histórico Nº inscr.: 053; Vol. 1; F. 010; Data: 24/05/1938. Desde 1975 abriga o Museu de Armas da Polícia Militar de Santa Catarina que recebe visitantes durante todo ano. A intervenção arqueológica ocorreu no ano de 1999 e foi realizada pela arqueóloga Fabiana Comerlato. A intervenção foi necessária, pois após a construção de um trapiche para o Corpo de Bombeiros próximo a área do forte, a maré sofreu modificações, erodindo o terreno que circunda a fortaleza. Neste processo artefatos arqueológicos começaram a aparecer na praia contígua ao forte. Comerlato (1999) realizou, então, uma coleta assistemática dos vestígios arqueológicos espalhados pela praia, numa medida emergencial. Estes materiais recolhidos estão sob a guarda do MARQUE/UFSC e ainda não sofreram nenhum trabalho de análise e interpretação (SOARES, 2011. p.35).

Foi alvo de intervenções arqueológicas coordenadas por Helio Viana (1989). Segundo informações presentes no site fortalezas multimídia, até o início do século XX o Forte já se encontrava em ruínas e algumas das instalações das fortalezas foram utilizadas para a instalação de um Lazareto, onde doentes contaminados por moléstias contagiosas eram tratados. Posteriormente, funcionou como depósito de carvão da Marinha do Brasil. Na década de 1938 foi tombado pelo IPHAN como patrimônio nacional e atualmente é gerenciado pela UFSC, que empreendeu o restauro arquitetônico no sítio nos anos de 1990 e 1991. Faz parte da rota de visitações turísticas as Fortalezas da Ilha de Santa Catarina e recebe uma série de visitantes durante todo o ano, especialmente nos meses de verão.

Sítio histórico caracterizado por uma edificação que abriga a Igreja de Nossa Senhora da Lapa. Em 1806 foi erguida a igreja com estrutura em pedras, cal e óleo de baleia, no mesmo local onde anteriormente esteve a capela construída em 1760. Está associada ao cemitério e ao Império do Divino Espírito Santo. Por ocasião da reforma arquitetônica, a igreja passou por pesquisa arqueológica realizada por Fabiana Comerlato e Osvaldo Paulino da Silva. Com a pesquisa foram identificados 51 sepultamentos no subsolo da nave central. Esses sepultamentos foram devolvidos ao assoalho ao final da análise. (Soares, 2011)

Sítio histórico caracterizado por uma edificação que abriga a Igreja de Nossa Senhora do Parto, bairro Centro. A igreja foi construída entre 1841 e 1861 por membros da Confraria do Rosário e São Benedito. Possui planta retangular, uma torre e alguns anexos laterais que servem às atividades da comunidade católica. Em 1999 foi realizada pesquisa arqueológica por Maria Madalena Velho do Amaral. Na sequência, o imóvel passou por processo de restauração.

Sítio histórico caracterizado pelo espaço que abriga o Largo da Antiga Alfândega, bairro centro. O largo junto à Casa da Antiga Alfândega data do final do século XIX e foi alvo de pesquisa arqueológica em 1992. Maria Madalena do Amaral evidenciou estruturas remanescentes que serviam de apoio à Casa da Antiga Alfândega, entre elas: 2 cais, pisos, canos do antigo sistema de telégrafo e do antigo sistema de iluminação de Desterro, galeria subterrânea e pilares de madeira que sustentavam os trapiches (Soares 2011).

Trata-se de um muro, possivelmente construído por escravos através da sobreposição de blocos e matacões de rochas, situado em área de média vertente, que acompanha a formatação do maciço montanhoso localizado a oeste da Praia da Armação.

Trata-se de um muro construído através da sobreposição de rochas em área de média vertente, cuja extensão é de cerca de 30m, localizado em um trecho do Caminho da Gurita que parte da porção nordeste da Casa do Vitorino e segue morro acima sentido Sertão do Peri.

Sítio histórico caracterizado por imóvel construído por volta de 1750. É um dos imóveis que compõe o Conjunto nº I de bens tombados no Centro Histórico de Florianópolis. O Palácio foi idealizado pelo brigadeiro José da Silva Paes. A casa sofreu reformas perdendo as características originais; atualmente apresenta em sua fachada elementos arquitetônicos ecléticos e decoração interna variada de acordo com as mudanças realizadas por seus antigos moradores. Foi residência dos governadores do estado até 1954 quando passou a funcionar como Palácio de Despachos. No ano de 1984 passou a abrigar o Museu Histórico de Santa Catarina. Foi realizada escavação arqueológica na área externa do palácio entre os anos de 2002 e 2003 pela Empresa Geoarqueologia, coordenada pelo arqueólogo Osvaldo Paulino da Silva. Esta pesquisa gerou um acervo de cerca de 70 mil peças (Soares, 2011). O nome Cruz e Sousa foi dado ao palácio em homenagem ao poeta catarinense no ano de 1979. O sítio compreende uma edificação ocupada atualmente pelo Museu Histórico de Santa Catarina.

Trata-se de um antigo poço de pedras utilizado para captação de água, possivelmente construído por escravos, localizado na planície ao norte das dunas, nas proximidades da parte loteada do Balneário dos Açores.

Sítio histórico caracterizado pela primeira ponte que fazia ligação entre ilha e continente. Faz parte do Conjunto nº X de bens históricos, bairro centro. A Ponte Hercílio Luz foi construída principalmente para sustentar a pista de rolamento, uma via férrea, uma passarela de pedestres e a adutora de abastecimento de água tendo uma extensão total de 821.055 m. Seu idealizador, o Governador Hercílio Luz, faleceu no ano de 1924, e não pode ver o a conclusão da obra, como forma de homenagem a ponte leva seu nome. A Ponte foi inaugurada em 13 de maio de 1926 e foi mantida em funcionamento até 1982, quando foi fechada devido ao desgaste da estrutura. Em 1988 foi reaberta para o trafego de pedestres, sendo definitivamente fechada em 1991. Em 2008 a empresa Geoarqueologia realizou monitoramento nas cabeceiras insular e continental em decorrência dos trabalhos de restauro. (Soares, 2011).

Sítio histórico caracterizado por edificação que abrigou o antigo Posto da Alfândega na localidade de Sambaqui. A construção data de 1850, composta por uma estrutura em alvenaria, rancho de barcos, caixa d’água e sistema de condução de águas. Foi registrado em 1992 por Edna June Morley e Roberto Tonera. Desde 1983 é sede da Associação do Bairro de Sambaqui. O sítio compreende uma edificação ocupada atualmente pela Associação do Bairro de Sambaqui.

Sítio arqueológico pesquisado nos períodos entre março de 2004 e fevereiro de 2005 e entre fevereiro e maio de 2009 que revelou uma embarcação naufragada de provável construção espanhola que aparentemente soçobrou no ano 1687 no lado leste da Praia dos Ingleses. Os coordenadores da pesquisa foram Alexandre Vianna (arquiteto e mergulhador) e Francisco Silva Noelli (arqueólogo e mergulhador). O projeto foi nomeado de ONG PAS (Organização Não Governamental Projeto de Arqueologia Subaquática), e possuía convênio com a UNIVALI (Universidade do Vale de Itajaí) e com o Museu do Homem do Mar / Município de Bombas – SC.
De acordo com Noelli e colaboradores (2009), esta embarcação pertencia a piratas ingleses que raptaram a embarcação em Nazca e saíram a pilhar outras localidades por toda a costa americana do Oceano Pacífico. Nas pesquisas arqueológicas subaquáticas encontraram-se evidências que corroboram essas informações, tais como madeiras de origem européia ou norte-americana, fragmentos de cerâmica provenientes da América Espanhola, botijas de uma arroba que usavam para transportar e armazenar líquido, com pastas de oleiros e jazidas tanto americanas, quanto espanholas, uma Escala Gunther para navegação com marca de gravação pirografada, tipicamente inglesa, entre outros. A passagem da embarcação por Santa Catarina deu-se devido à tentativa de chegar ao mar do norte pelo Oceano Atlântico (NOELLI et al., 2009, p.179-203).
Por fim, este projeto resultou na criação de um museu na comunidade dos Ingleses, o Museu do Naufrágio, no qual estão expostos alguns dos vestígios recolhidos em campo e os equipamentos utilizados nas pesquisas de arqueologia subaquática (SALVADOR, 2011) p.

Este sítio é descrito por Farias (2014) como uma área de refugo (ou lixeira) histórica com dimensões 130m x 45m, caracterizando-se por uma lâmina de conchas moídas, em meio às quais encontram-se fragmentos vítreos, cerâmicos-históricos e faunísticos. Foi alvo de intervenção pela equipe de Farias (2014), no âmbito do processo de licenciamento ambiental relativo à ampliação do Aeroporto Hercílio Luz.

De acordo com Farias et al (2012), acredita-se que “seja o que restou na Nau La Proveedora,  da  armada  capitaneada  por Diego Flores de Valdés e Pedro Sarmiento de Gamboa”.

Sítio arqueológico encontrado pela equipe do Projeto Florianópolis Arqueológica, coordenado por Lucas Bueno et al (2015). Trata-se de uma antiga residência construída com pedras de corte irregular. O imóvel está sem cobertura e tomado por vegetação. O sítio está em área utilizada para pasto, a céu aberto e em superfície. Não foram realizadas intervenções arqueológicas.